quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Devendra Banhart


Depois de ter perdido o show do Foster the People por não ter conseguido comprar o ingresso on-line não podia dar bobeira com o Devendra. Fui até uma loja linda na cidade, vários discos e CDs com capas que dão muita curiosidade de conhecer as bandas. Comprei meu ingresso, AU$ 66, show sexta feira dia 29/07/2011, 20h30.

Dia 29 cheguei em casa depois da aula, fiz a janta, comi e fui, por volta de umas 19h50 (sempre atrasada). Peguei o trem pra cidade e depois um tram pra St. Kilda, meio preocupada em não chegar na hora, as portas estarem fechadas, perder o show ou qualquer coisa.

Cheguei na hora, 20h30 mais ou menos, e a casa nem estava aberta. Fui pra fila que até a hora que as pessoas começaram entrar já tinha duplicado.

Fui logo pra frente do palco como de costume, meio impaciente com o show que não começava logo. Depois de um tempo começam entrar uns caras no palco e eu pensando quem eram... era outra banda, Husky. Uma boa banda, tecladista muito bom e charmoso. Estava contando as músicas no set list pra ver quanto mais ia demorar pra acabar e começar Devendra.

O público é bem diferente do Brasil, meio que só assistem o show sem muita empolgação, sem cantar, pular, dançar, só assistindo e depois aplaudindo.

Hodies franceses muito ágeis, arrumaram o palco rapidamente. Em não muito tempo depois começa entrar Devendra Banhart. O Devendra parece meio tímido, mas com um sorriso no rosto e dando oi e joinha em quanto se direciona ao seu lugar.


O show foi muito bom, valeu totalmente a pena ter ido. A voz dele é muito boa, meio que igual gravada. Ele é simpático e do nada falou sobre um comercial que eu não conhecia, mas aparentemente algumas pessoas lá conheciam, algo sobre “one bite in every nipple...every nipple”, não lembro bem, mas foi engraçado.

Eles tocaram uma ótima seleção de músicas, só faltou Rats, uma das minhas preferidas. No meio do show a banda se retirou e o Devendra tocou três músicas sozinho no palco. Também tocaram um cover de um japonês que ele disse o nome e falou que a letra era bem legal.

Depois do show eu peguei o papel do set list com o hodie que foi dar pro pessoal. Estava meio sem saber o que fazer, pensando se ia pegar meu tram logo ou o que. Dei uma volta e estava pensando o quanto queria conhecer o Devendra e pensando também nas minhas amigas super fãs dele, a Karen que me apresentou.

Tinha meio que uma fila pra sair da casa, fui pra frente do palco de novo. O baterista, Greg, apareceu lá pra desmontar a bateria. Eu chamei ele e ele veio pra frente e começamos conversar, ele é super legal e bonzinho e bonito, tem o cabelo cinza. Eu perguntei se ele não podia deixar eu ir pro backstage que eu queria falar com o Devendra, mas ele disse que não, que se não ia vir mais gente e tal, mas que logo menos eles estavam indo embora e aí dava pra eu ir falar com eles depois que eles saíssem de lá. Eu disse que está bem então, que ia esperar, e fui sentar na ponta do canto do palco, logo várias pessoas apareceram pra conversar com o Greg.

Eu estava pensando...”ah ele provavelmente vai esquecer que eu estou aqui..”. Vi meu caminho livre, o segurança que estava lá não estava mais, os hodies ocupados e distraídos, Greg idem. Empurrei um pouco o negócio que bloqueava a escada pra subir no palco, passei minhas pernas e subi rapidinho.

Vi que o hodie olhou pra mim e por alguns milésimos fiquei paralisada pensando se continuava ou não. É claro que fui em frente, passei pela porta, virei a direita, e lá estava... o backstage. A banda estava em pé conversando no fundo, e o Devendra sentado logo perto da porta desenhando nuns posters. Vem uma mão no meu braço..”você não pode ficar aqui, vem” já me escoltando pra fora e eu.. “êrh...Devendra!”. Ele olha pra mim e diz que tudo bem.

Ele levanta a gente se da um abraço e eu super feliz abraço mais e dou um beijo no rosto dele que foi retribuído e mais abraços também, bem carinhoso e apertado do jeito de que gosto. Ele pergunta da onde eu sou, a gente começa a conversar, ele fala algumas palavras em português bem bonitinho, eu falo..”ah, você aprendeu com o Amarante né” (do Los Hermanos, eles são amigos) algo do tipo.. enfim.. Ele disse que logo vai fazer uns shows no Brasil, que está planejando.

O cara que ia me levando pra fora fala que eu tenho que ir. Eu fico chateada, estava tão bom ficar lá e falar com ele. Eu peço pra tirar uma foto com ele, ainda pensando na Karen. E mais um ultimo beijo e abraço e eu saio de lá com o coração apertado e leve. Desço por outra escada e noto o pessoal que ainda conversava com o Greg me olhando sair de lá, faço cara de desentendida.

Voltei pra falar com o Greg, digo que já falei com o Devendra, a gente fala mais algumas coisas que nem lembro o que e tiramos uma foto. Ele estava segurando uma baqueta quebrada e ofereceu pra mim, eu aceitei pensando “Pra que que eu vou querer essa baqueta quebrada? Só mais lixo pra guardar. Podia dar uma inteira pelo menos”.

Despedimo-nos, eu entro no bar no andar de baixo, bebo um copo d’água (água nos clubes é de graça porque água da torneira é potável) e vou pro meu tram contente da vida.



Um comentário:

  1. Oi Nah! Fazia um tempinho q não vinha aqui!

    Cara, q foda essa história, lascou uns chamegos com o Devandra ein, esse cantor "charmoso" como vc parece tah dizendo hj em dia =P

    bjos linda!

    ResponderExcluir